O SOAR (Southern Astrophysical Research Telescope) é um telescópio com espelho principal de 4.1m de diâmetro. Ele foi construído a partir de uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil (34%), o U.S. National Optical Astronomy Observatory (33%), a Michigan State University (19%) e a University of North Carolina at Chapel Hill (14%). O local escolhido para a construção foi Cerro Pachón, Chile, a 2700m acima do nível do mar. Neste local existem ainda outros telescópios, como por exemplo o Gemini Sul, que aproveitam a altitude, baixa umidade e ausência de chuva da região dos Andes chilenos para realizar suas observações.
O valor gasto para contrução e por 20 anos de operação foi de US$42.000.000,00. A comunidade astronômica brasileira tem acesso a mais de 100 noites de observação por ano (sendo que no GEMINI o Brasil possui apenas algumas horas de observação) e o Chile, pelo fato de “hospedar” o telescópio, tem direito a 10% do tempo de observação por ano.
A entrada neste consórcio foi um ótimo negócio, pois nos dá autonomia para fazer ciência de qualidade, sem depender de tempo de outras instituições (e outros países). Além disso, foram construídas estações de observação remota (local de onde escrevo este post), que permitem fazer observações sem a necessidade de ir até o Chile. Isso economiza tempo e dinheiro, além de proporcionar a nós, alunos de pós-graduação, uma forma de aprender todos os procedimentos envolvidos na tomada de dados. Provavelmente não é tão emocionante quanto ir até o telescópio de fato (essa pergunta o Moisés pode responder), mas mesmo assim é uma experiência ótima.
Só para complementar as informações, o escritório do SOAR no Brasil funciona no LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica). Neste link é possível encontrar material em português sobre o telescópio e o tipo de ciência que está sendo feita pelos pesquisadores brasileiros.
Agora que acabei de escrever percebi que o post ficou meio curto… e com as idéias um pouco dispersas… mas como são quase 4h da manhã e meu café acabou, tenho certeza que serei perdoado.
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setembro 27, 2009 às 23:45 |
Ah, sim, meu professor fala bastante do SOAR! Cobre-o de elogios!
E, além do barato de os alunos de pós-graduação poderem tomar dados, os de graduação podem ir ver isso!
E, claro, está perdoado! =D
setembro 28, 2009 às 18:14 |
Eu concordo. Esse projeto merece muitos elogios! Obrigado pelo comentário!
outubro 7, 2009 às 17:09 |
Gostei de saber do investimento do Brasil no conhecimento. Claro que poderíamos investir mais e ciência e tecnologia e principalmente em educação. Gostei do post, Vinicius.
outubro 7, 2009 às 17:18 |
Obrigado Marcellus. É, acho que caminhando devagar e sem dar passos muito grandes o Brasil conquista seu espaço A participação nesse consórcio só nos trará bons frutos!
um abraço
fevereiro 24, 2010 às 11:27 |
[…] de ser um telescópio pequeno quando comparado com o SOAR, GEMINI entre outros, muita ciência de qualidade é feita no OPD, por pesquisadores e estudantes […]
março 3, 2010 às 12:59 |
[…] mesma massa). Vou supor que a estrela pobre em metais em questão seja facilmente detectada por um telescópio com espelho de 4m de diâmetro. Dessa forma, posso utilizar as diferenças na composição desses […]