É a parte jovem da população da Via Láctea, composta por crianças e adolescentes com idades menores do que 7.000.000.000 de anos. O Sol está incluído nessa categoria, com idade próxima de 4.5 bilhões de anos. Essas estrelas são, em sua maioria, muito quentes e azuladas (como visto anteriormente aqui para estrelas de alta massa). Outra forma de diferenciação desses objetos é feita através da análise de sua composição química, sendo que esta população é comparativamente mais rica em metais que as demais (fato curioso: para os astrônomos, todo elemento químico detectado que não for hidrogênio nem hélio é considerado um “metal”).
Como não poderia deixar de ser, populações (em geral) com características distintas vivem em locais também distintos. Ou seja, fatores ambientais (densidade do meio, temperatura e etc.) nos dizem que tipo de estrela vive em determinado local. Pelo fato da população I ser jovem, espera-se encontrar esses objetos próximos aos seus locais de formação, ou seja, em regiões com alta concentração de gás, poeira e altas temperaturas. Essas regiões (por exemplo Regiões HII) localizam-se no disco e braços espirais da Galáxia.
E, por último (mas tão importante quanto) pode-se estudar a dinâmica do objeto, através de, por exemplo, sua velocidade espacial, a forma e orientação da sua órbita ao redor do centro da Via Láctea e sua posição atual no céu. No caso da população I, as órbitas se apresentam com formas quase circulares e confinadas ao plano Galáctico. Resumindo, as estrelas jovens (diferentemente dos humanos jovens) são bem comportadas, nunca saem da vizinhança e não correm alucinadamente pela rua, sempre ficam na calçada. Claro que sempre existem alguns jovens revoltados que, quando se veem no meio de um lugar muito cheio de gente, acabam explodindo…
(Lembrando que no último post desta série tentarei fazer um panorama geral sobre como se apresenta a distribuição das populações na Galáxia, de acordo com as características citadas acima. Talvez então a analogia com bom comportamento, ruas e calçadas fique mais clara).
Como de costume, os jovens se reúnem em grupos. No caso das estrelas de população I, essas aglomerações são os Aglomerados abertos e contém da ordem de centenas de estrelas. Uma das aglomerações mais conhecidas são as Plêiades (que podem ser vistas no céu a olho nu), mostradas na figura acima (retirada daqui).
Tags: Aglomerados Abertos, Café 3 Corações Extra-Forte, Estrelas, População I, Populações Estelares, Via Láctea
junho 10, 2009 às 09:00 |
Oi Vinicius, seu blog foi colocado no Anel de Blogs Científicos
junho 10, 2009 às 09:29 |
Olá!
Muito obrigado!! Ficamos felizes em poder participar!
junho 10, 2009 às 12:33 |
Gostei muito do assunto, matéria muito boa, parabéns. Vou querer ler as outras partes do Censo.
junho 10, 2009 às 15:27 |
Opa, obrigado… o resto do texto está em fase de preparação!
junho 17, 2009 às 09:32 |
[…] dinâmica, as estrelas de população II se comportam de maneira um pouco diferente das estrelas de população I. Senhoras de idade avançada e vasta experiência devido às suas andanças pelo meio interestelar, […]
junho 19, 2009 às 14:27 |
Eta prosa boa….
Esperamos a continuação….
jovens ou velhinhas, as estrelas sempre tem história pra contar…
junho 24, 2009 às 00:25 |
[…] bom lembrar que tanto as estrelas jovens (população I) como as mais velhas (população II) foram classificadas e separadas a partir de observações do […]
junho 29, 2009 às 00:37 |
[…] no seu galho (ou cada população estelar no seu componente galáctico). Depois de apresentar a população I, população II e população III, vou tentar (sempre em linhas gerais) descrever como elas se […]
julho 7, 2009 às 20:22 |
[…] Parte 1: Estrelas de População 1 e aglomerados abertos; […]
outubro 7, 2009 às 18:12 |
[…] Plêiades: 280km (distância de SP até Caconde – terra do meu pai) […]